💥 Servidores Sem Reajuste? Prefeitura de Campos diz NÃO e impasse salarial esquenta clima político na cidade
A semana começou com um balde de água fria para os servidores municipais de Campos dos Goytacazes. Após meses de cobrança por parte do Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais (Siprosep), a Prefeitura anunciou que, por enquanto, não será possível conceder nenhum tipo de reajuste salarial.
Em nota oficial, a administração do prefeito Wladimir Garotinho justificou a negativa alegando falta de orçamento. Segundo o governo municipal, qualquer aumento neste momento poderia comprometer o equilíbrio fiscal da cidade e levar à inadimplência — um risco que a gestão diz não estar disposta a correr.
Mas o argumento não convenceu os trabalhadores. O Siprosep reagiu de forma dura e imediata, acusando a Prefeitura de “ignorar a realidade do servidor público”. Segundo o sindicato, há uma defasagem histórica nos salários, agravada pelos impactos econômicos dos últimos anos, e a paciência da categoria está no limite.
“É inadmissível que o servidor continue arcando com as consequências da má gestão e da falta de planejamento orçamentário”, declarou um dos representantes sindicais durante ato público na frente da sede da Prefeitura.
A tensão vem crescendo e já começa a mobilizar outras categorias do funcionalismo. Agentes comunitários de saúde, professores, funcionários da limpeza urbana e da assistência social relatam cargas horárias pesadas, baixos salários e desvalorização constante.
Para muitos, o impasse vai além da folha de pagamento. É uma questão de reconhecimento e dignidade profissional. A falta de reajuste tem impactos diretos na motivação dos trabalhadores e, por consequência, na qualidade dos serviços prestados à população.
Enquanto a Prefeitura insiste que a responsabilidade fiscal precisa prevalecer, o sindicato promete continuar pressionando e já articula novas manifestações e uma possível paralisação dos serviços caso não haja abertura para negociação.
A população assiste ao embate com apreensão. Afinal, quem paga a conta da crise são todos os campistas, seja por meio do servidor desmotivado ou pela perda de eficiência nos serviços públicos.
O que virá a seguir? Será que a gestão municipal abrirá diálogo? Ou a insatisfação vai crescer até virar uma crise maior às vésperas do período eleitoral?
A única certeza é que a batalha entre orçamento e valorização dos servidores ainda está longe do fim.