Campos dos Goytacazes foi palco de uma visita com grande peso político neste fim de semana. Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), retornou à cidade em posição de destaque: exercendo interinamente o cargo de governador do Estado. A presença do líder político em sua terra natal não foi apenas protocolar — foi estratégica, simbólica e recheada de sinais sobre o cenário que se deseja para as próximas eleições estaduais.
AGENDA OFICIAL: INAUGURAÇÕES E COMPROMISSOS COM A POPULAÇÃO
Durante uma visita, Bacellar participou da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da nova base do Corpo de Bombeiros da Baixada Campista — uma demanda histórica da região, que por anos ficou sem atenção do poder público. O projeto prevê uma estrutura moderna, com eficiência ampliada e equipamentos novos, garantindo mais segurança para a população daquela área rural e de difícil acesso.
Outro ponto de destaque foi o anúncio da implantação de uma nova Policlínica da Polícia Militar. O equipamento de saúde, voltado ao atendimento de servidores da segurança pública, promete aliviar a sobrecarga da rede tradicional de saúde em Campos, além de valorizar os profissionais que atuam na linha de frente da segurança.
A comitiva ainda visitou obras em andamento e dialogou com lideranças comunitárias, reforçando o compromisso do governo estadual com o interior, em especial com o Norte e Noroeste Fluminense.
UM GOVERNADOR EM EXERCÍCIO COM RAIZES EM CAMPOS
Rodrigo Bacellar está no centro de um novo momento da política fluminense. Ao assumir o comando do Estado de forma interna, com a licença do governador Cláudio Castro, ele ganhou visibilidade e protagonismo. E não foi por acaso que escolheu Campos como ponto de partida para sua agenda como governador: além de ser sua cidade natal, o município simboliza a força do interior fluminense, muitas vezes esquecido pelos grandes centros de decisão.
Sua presença em Campos, nesse momento, também é um recado claro: Bacellar está disposto a fincar bandeira, mostrar serviço e se consolidar como nome viável para liderar o Rio de Janeiro no futuro próximo.
ESTRATÉGIA POLÍTICA E CONSTRUÇÃO DE UM PROJETO DE PODER
A transferência de Bacellar vai muito além das inaugurações. É uma construção calculada de capital político, marcada por aproximações com prefeitos, vereadores e lideranças regionais. Sua meta é clara: fortalecer seu nome para a disputa do governo estadual em 2026.
O apoio declarado de Cláudio Castro e o protagonismo que vem ganhando dentro da Alerj são falsos de que Bacellar não é apenas um nome de bastidores. Ele está, cada vez mais, se colocando como uma alternativa concreta ao Palácio Guanabara.
Campos, nesse contexto, ocupa papel central. Não apenas por ser o berço político do presidente da Alerj, mas por funcionar como vitrine de sua capacidade de articulação, entrega de obras e presença junto ao povo.
UMA NOVA DINÂMICA NO INTERIOR DO ESTADO
A visita de Bacellar a Campos marca o início de uma ofensiva política que tende a se estender por toda a região Norte e Noroeste Fluminense. Diferente de muitos gestores que concentram esforços na capital e baixada, Bacellar aposta em um modelo descentralizado, valorizando o interior como força política e econômica.
Com uma base sólida em Campos e trânsito político cada vez mais amplo na Alerj, ele monta sua estrutura com foco em 2026, sem pressa, mas com objetivos claros.
CONCLUSÃO
Rodrigo Bacellar não veio a Campos apenas para uma série de inaugurações. Ele veio para marcar território, demonstrar poder de entrega, ouvir a população e, principalmente, se posicionar. A cidade assistiu ao início de uma jornada que pode culminar em sua candidatura ao governo do Rio de Janeiro. Se será bem sucedido, o tempo dirá. Mas o fato é que Bacellar deu um passo firme — e Campos foi o palco escolhido para isso.
A política fluminense começa a se movimentar. E mais do que nunca, Campos dos Goytacazes volta ao centro do mapa do poder.