Por A Voz de Campos RJ – Edição de 13 de junho de 2025
Um desastre de situações históricas marcou o cenário da aviação mundial nesta quinta-feira, 12 de junho de 2025. Um avião Boeing 787-8 Dreamliner da Air India, que fazia o voo AI171 partindo de Ahmedabad com destino a Londres, caiu violentamente poucos segundos após a descolagem, deixando um rastro de destruição e dor.
A aeronave decolou às 13h38, horário local, e caiu aproximadamente 30 segundos depois, atingindo em cheio um bloco de alojamento de estudantes de medicina do BJ Medical College, localizado em Meghaninagar, bairro densamente povoado de Ahmedabad. O impacto resultou na morte imediata de praticamente todos a bordo e de bolsas de pessoas que não estavam sozinhas.
O Único Sobrevivente
Em meio à tragédia, um caso que desafia a lógica: apenas uma pessoa sobreviveu à queda. Trata-se de Vishwash Kumar Ramesh , de 40 anos, cidadão britânico de origem indiana. Ramesh estava sentado na poltrona 11A, próximo à saída de emergência, e conseguiu escapar dos destroços com ferimentos leves, caminhante entre chamas e ferragens torcidas. Ele relatou ter sentido o avião “estacionado no ar” antes do cair, além de ter presenciado cenas de desespero de outros passageiros momentos antes da explosão. Segundo os médicos que o atendem, seu estado é estável, mas ele permanece em observação no hospital central de Ahmedabad.
A Dimensão da Tragédia
Segundo as autoridades indianas, 241 pessoas morreram a bordo da aeronave. No solo, outras 28 vítimas fatais foram confirmadas, totalizando 269 mortos até o momento. O número pode crescer, já que há desaparecidos e partes do edifício atingido ainda estão sendo escavadas. O alojamento estudantil ficou completamente destruído.
Equipes do Exército, bombeiros, polícia civil e Força Central de Segurança Industrial atuaram durante toda a noite nas operações de resgate. As cenas no local são desoladoras: estruturas calcinadas, pertencem espalhadas, corpos irreconhecíveis e famílias em prantos. Muitos dos estudantes que ocupavam o prédio eram jovens entre 18 e 25 anos.
Investigação Internacional
A causa da queda ainda está sendo apurada. A caixa-preta e o gravador de voz da cabine já foram recuperados. A investigação é coordenada pelo governo indiano com apoio de órgãos internacionais, como o NTSB dos Estados Unidos, a AAIB do Reino Unido, a FAA, além de técnicos da própria Boeing.
As hipóteses iniciais levantam possibilidades de falha mecânica, problemas nos flaps, erro humano ou até perda de sustentação relacionada ao calor extremo e ao peso da aeronave, que estava equipado com combustível para um voo intercontinental.
Repercussão e Medidas Emergenciais
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, visitou pessoalmente o local do acidente e o hospital onde estão os feridos, prestando solidariedade às vítimas e prometendo apoio às famílias. A Air India, controlada pelo grupo Tata, anunciou que arcará com todas as despesas de assistência às vítimas, indenizações e custos funerários. Uma força-tarefa também foi montada para monitorar a identificação dos corpos, já que muitos deles estão gravemente carbonizados, exigindo testes de DNA
A Tragédia Que Entrou para a História
O acidente do voo AI171 é o pior desastre aéreo da Índia em quase três décadas e o primeiro com mortes causadas por um Boeing 787 Dreamliner desde a estreia comercial da aeronave em 2011. O voo transportava passageiros de diversas nacionalidades, incluindo indianos, britânicos, portugueses e um cidadão canadense.
Familiares, colegas e comunidades em várias partes do mundo organizaram vigílias e homenagens às vítimas. No Reino Unido, onde parte dos passageiros residem, o governo também se manifestou, oferecendo assistência consular e homenagens oficiais.
A Voz de Campos RJ acompanha
A equipe de A Voz de Campos RJ segue acompanhando o caso, com atualizações em tempo real sobre as investigações, o estado de saúde do único sobrevivente e as homenagens prestadas às vítimas. Em uma era marcada por avanços tecnológicos na aviação, a tragédia em Ahmedabad nos lembra da fragilidade da vida e da importância de revisarmos continuamente os protocolos de segurança aérea.
