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No começo do século 20, em Nova York, uma editora de revistas tinha um problema esquisito: a umidade do ar. | ||
As páginas enrugavam, as cores não fixavam direito e a impressão saía borrada. | ||
Chamaram um engenheiro, Willis Carrier, para resolver o problema. Ele poderia ter resolvido com algum truque, mas criou algo maior: uma máquina que controlava tanto a temperatura quanto a umidade. | ||
De repente, uma invenção feita para manter páginas retas abriu caminho para redesenhar cidades inteiras, sustentar economias bilionárias e até manter a internet funcionando. | ||
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A lógica é simples: até então, cada região precisa adaptar sua arquitetura ao clima. As casas marroquinas tinham pátios internos para ventilar, os chalés escoceses tinham paredes grossas para reter calor, as roupas nórdicas tinham telhados inclinados para a neve não acumular. | ||
Com o ar condicionado, isso acabou. Torres de vidro caíram a brotar em qualquer latitude — do Texas a Tóquio. O clima deixou de ser um limite. | ||
Mas essa revolução tem custo. Hoje, os sistemas de aquecimento, ventilação e refrigeração (HVAC) representam 20% de toda a energia elétrica usada nas residências e 10% da eletricidade mundial . | ||
E a demanda só cresce: o número de aparelhos deve dobrar nas próximas décadas . Mais cidades frescas, mas também mais pressão sobre o planeta. | ||
Enquanto isso, seguimos cercados por 2 bilhões de caixas metálicas feiosas generosas em janelas e telhados. Uma tecnologia apresentada que moldou o mundo moderno — e que hoje também carrega a fatura energética e estética da nossa civilização. | ||
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Após conquistar o leste londrino com noites festivas, o bar criado por três brasileiros ganhou sua primeira unidade fora da Inglaterra. O Starlane promete ser um novo hotspot na cidade — com alma londrina e coração brasileiro. | ||
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