🔴 Pacientes Acamados São Devolvidos para Casa e Expostos à Falta de Assistência em Campos, RJ
Situação crítica expõe fragilidade do sistema de saúde e revolta famílias na região
Em Campos dos Goytacazes, pacientes acamados em estado grave estão sendo devolvidos para casa por hospitais que alegam falta de estrutura para manter os internados. A prática, cada vez mais comum, escancara a fragilidade da rede pública de saúde e levanta questionamentos sobre a qualidade do atendimento oferecido a pessoas em situação extremamente vulnerável.
Alta hospitalar sem preparo: desafio para famílias e cuidadores
Muitos relatam que, ao receber o paciente de volta, não contaminam familiares com equipamentos, insumos nem apoio técnico para manter o tratamento adequado em casa. Em vários casos, a ausência de acompanhamento médico e suporte profissional compromete o bem-estar e até a vida do paciente.
"Nos mandam pra casa com alguém em estado crítico, sem oxigênio, sem nada. E a gente que lute!", denuncia uma moradora do Parque Aurora, visivelmente emocionada.
Fatores que levam à condição de cama
Especialistas destacam que a condição da cama está associada a fatores como idade avançada, doenças crônicas múltiplas e especificações físicas graves. Esses pacientes bloqueiam cuidados constantes e individualizados — algo que nem sempre é possível fora do ambiente hospitalar.
Atendimento domiciliar: essencial, mas sem estrutura
Embora o atendimento domiciliar seja uma alternativa necessária para aliviar a pressão nos hospitais, ele só é eficaz quando há estrutura, profissionais capacitados e apoio contínuo. Na prática, porém, o que se vê é o abandono de famílias que tentam, sozinhas, manter o mínimo de cuidado com seus entes.
Falta de políticas públicas agrava o problema
A ausência de políticas públicas externas ao cuidado de pacientes acamados agrava ainda mais o problema. Os dados apontam que, embora a quantidade de acamados no Brasil não seja alta, o impacto social e emocional é profundo. A população mais afetada clama por soluções urgentes.
População se mobiliza por dignidade e atendimento humanizado
Em Campos, a revolta cresce. Grupos de moradores e associações de bairro são mobilizados nas redes sociais e dependem das autoridades locais para melhorias. Entre as principais reivindicações estão: ampliação da assistência domiciliária, oferta de insumos, criação de equipes móveis e um plano municipal de atendimento humanizado.
Um problema local que reflete um drama nacional
O caso de Campos dos Goytacazes não é isolado. A realidade enfrentada por esses pacientes acamados representa um retrato preocupante de um sistema de saúde que, muitas vezes, não consegue equilibrar demanda, estrutura e dignidade. Enquanto isso, as famílias enfrentam esse desafio diário — privado e invisível.