LOJAS DO CENTRO COM MAIS DE 300 ANOS DE HISTÓRIA SUCUBEM DIANTE DA FALTA DE LOGÍSTICA DA CIDADE
O centro de Campos dos Goytacazes enfrenta atualmente uma grave crise comercial e urbana, marcada pelo fechamento de muitas lojas tradicionais, inclusive algumas com mais de 300 anos de história. Esse quadro é decorrente de vários fatores combinados: falta de planejamento logístico urbano eficaz, insuficiência de incentivos fiscais e turísticos, além do impacto prolongado da pandemia da Covid-19, que agravou a já debilitada economia local.
Historicamente, o centro da cidade foi um dos locais mais frequentados e vivos, servindo como polo comercial e social importante para a população. No entanto, hoje, segundo estudos e relatos locais, ocorreu um processo de desvalorização urbana e patrimonial, com manipulação do património rico e mudanças nas funções e usos do solo, que, juntamente com a especulação imobiliária, resultaram em espaços ociosos, estacionamentos improvisados e perda da identidade cultural e social da região central.
QUESTÕES ECONÔMICAS:
Além das questões econômicas, o setor turístico, que poderia contribuir para o centro da cidade, tem sofrido com a falta de políticas públicas efetivas de fomento ao turismo cultural e à valorização do patrimônio histórico. Embora haja potencial para o turismo de experiências e cultural, este ainda é pouco explorado e necessita de maior envolvimento da gestão pública, conforme apontam pesquisas recentes que analisam o Plano Diretor de Campos dos Goytacazes.
Essa situação afeta diretamente os comerciantes locais, que veem seus negócios fecharem por falta de circulação de clientes, obstáculos logísticos e baixa atratividade do centro da cidade, que não conseguem se adaptar suficientemente à concorrência dos aplicativos de consumo e dos novos hábitos de compra dos consumidores. Desde 2014, mais de 560 pontos comerciais fecharam suas portas no município, segundo dados relacionados à crise econômica da região.
Para reverter esse quadro, o município cuida de um planejamento urbano integrado que inclua logística eficiente, políticas fiscais e turísticas robustas, e uma prática de valorização do patrimônio cultural para atrair visitantes e consumidores de volta ao centro. O turismo cultural, se desenvolvido desenvolvido, pode ser um motor importante para o desenvolvimento econômico local, geração de emprego e melhoria da qualidade de vida dos moradores.
Em resumo, o centro de Campos dos Goytacazes agoniza por uma combinação de fatores econômicos, sociais e de gestão urbana que precisam ser urgentemente enfrentados para restaurar sua vitalidade histórica e econômica.
Os fatores que se desenvolvem para o fechamento das lojas tradicionais no centro de Campos dos Goytacazes incluem:
Crise econômica prolongada, que já vem desde 2014 e foi agravada pela pandemia do novo coronavírus, causando desemprego e queda nas vendas.
Novos hábitos de consumo, com consumidores preferindo compras, bairros com comércio mais próximo, e a expansão do comércio em outras áreas da cidade, como o bairro Pelinca.
Falta de modernização do centro da cidade e incentivos insuficientes para revitalização, o que desestimula os empresários a investir na região central.
Problemas logísticos e urbanos, como ausência de planejamento eficiente, fortalecimento inadequado do turismo e baixa atratividade para clientes.
Altos custos e dificuldade nos estacionamentos, além da competição com aplicativos de consumo e vendas online.
Além disso, alguns donos de imóveis já baixaram o preço do aluguel diante da crise, sinalizando perda de opções comerciais na área central. Segundo empresários e entidades locais, a falta de políticas públicas efetivas e um ambiente urbano que não favorecesse a permanência dos consumidores também foram causas importantes.
Esses fatores resultaram no fechamento de pelo menos 200 pontos comerciais tradicionais, incluindo restaurantes e lojas históricas. A necessidade apontada pela Associação Comercial e Industrial de Campos é de um programa robusto de revitalização para que o centro volte a atrair empresários e consumidores.