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CAMPISTAS DENUNCIAM ABANDONO NA SAÚDE PÚBLICA, ENQUANTO PREFEITURA DEFENDE AVANÇOS.

A crise na saúde pública de Campos dos Goytacazes começou a dominar o debate popular e político nos últimos dias. Moradores de diferentes regiões do município têm usado as redes sociais para denunciar a precariedade no atendimento, a falta de médicos e a demora para realização de exames e consultas. Enquanto isso, a Prefeitura reforça que o setor vem passando por melhorias estruturais e ampliações nos serviços


"Fui às 5h da manhã e não consegui atendimento"

O desabafo de dona Sônia, moradora de Travessão, viralizou em um grupo de Facebook dedicado à população campista:

"Cheguei na UBS com minha filha de madrugada, ela estava com febre alta e dor de garganta. Fiquei até às 10h e não consegui atendimento. Disseram que só havia um clínico para toda a demanda. Isso é desumano", relatou.

Relações semelhantes se multiplicam nas redes sociais. Moradores de Guarus, Baixada Campista e área central apontam que a situação se repete: falta de profissionais, longas filas e dificuldade para agendamento de exames pelo SUS.

Discurso oficial: reformas e investimento na atenção básica

Em nota oficial divulgada na semana passada, a Prefeitura de Campos afirmou que tem priorizado a saúde com a reabertura de unidades, contratação de novos profissionais e reforma de prédios antigos. Segundo a gestão municipal, o programa “Saúde Mais Perto” vem ampliando o alcance da atenção básica em regiões antes de desassistidas.

"Sabemos dos desafios históricos e estruturais da saúde em Campos, mas estamos tranquilos com responsabilidade. Já revitalizamos diversas unidades e reforçamos o atendimento médico em áreas rurais", diz um trecho da publicação institucional.

Vereadores da oposição questionam “discurso bonito” e cobram ação concreta

Apesar do otimismo do governo, os vereadores da oposição defendem a preocupação com o contraste entre o discurso da Prefeitura e a realidade nas ruas. Em pronunciamentos na Câmara, eles apontam que os recursos da saúde, apesar de vultuosos, não estariam refletindo no dia a dia da população.

"Não adianta dizer que tem obra, se o povo não tem médico para ser atendido. A saúde precisa de prioridade real, não só discurso bonito", disse um parlamentar da oposição durante sessão recente.

Os parlamentares também recebem reclamações diretamente da população, especialmente sobre a carência de pediatras, a fila para exames como tomografia e a falta de medicamentos básicos em unidades do município.

As redes sociais escancaram o cotidiano do caos

Nas plataformas digitais, vídeos mostrando superlotação nas salas de espera, mães desesperadas em busca de atendimento infantil e imagens de unidades com estrutura precária vêm circulando com frequência. Muitos usuários marcam perfis da Prefeitura cobrando respostas, enquanto outros analisam ironias sobre as promessas não cumpridas.

"Na propaganda tem tudo funcionando. No posto de saúde da minha rua, falta até olhar", escreveu um internauta.



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