
(Kaja Kallas, chefe de política externa da União Europeia | Imagem: Getty Images)
No meio do conflito entre Israel e o Irã, a Europa e os Estados Unidos seguem caminhos diferentes — mas complementares — na tentativa de evitar uma escalada global.
Líderes da Grã-Bretanha, França, Alemanha e União Europeia reúnem-se hoje com o ministro das Relações Exteriores do Irã, em Genebra, na primeira conversa formal desde o início dos ataques israelenses às instalações nucleares iranianas.
A missão europeia busca conter a escalada e negociar a reversão do programa nuclear do Irã, enquanto o conflito chega ao oitavo dia.
O movimento diplomático ocorre sob a pressão dos Estados Unidos. A Casa Branca confirmou que Trump dará mais duas semanas para a diplomacia, antes de decidir se lançará ou não um ataque militar direto contra o Irã.
Segundo comunicado lido pela porta-voz da Casa Branca, o presidente quer dar espaço para a diplomacia, mas mantém a exigência de que o Irã “renda-se incondicionalmente” e abandone o programa nuclear.
Os EUA também aumentaram a presença de seus militares na região, com 2 grupos de porta-aviões e 3 caçadores no Mediterrâneo e no Mar Arábico.
A estratégia americana indica uma predisposição para o acordo. Contudo, se isso não acontecer, Trump parece estar preparado para atacar o Irã.
Na prática, os EUA estão entregando as cartas — resta saber qual caminho o Irã vai escolher.
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