![]() (Imagem: Wilton Junior | Estadão) Mais de meio bilhão de reais. Esse foi o valor que o governo Lula liberou em emendas parlamentares desde o último sábado , logo após uma reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta, e aliados do Congresso. O que está acontecendo? A demora no pagamento das emendas veio elevando a tensão entre o Congresso e o Planalto nas últimas semanas. Os parlamentares pressionaram pela liberação dos recursos, trabalhados desde o início do ano. O Planalto atribuiu um atraso ao atraso na aprovação do Orçamento de 2025, que limitou os repasses até aqui. A conversa de sábado virou a chave. De lá para cá, o volume de emendas empenhadas subiu de R$ 151 milhões para R$ 667 milhões — um salto de R$ 516 milhões . Para quem não sabe, esses envios são repasses de emendas individuais, indicadas diretamente por deputados e senadores às suas bases eleitorais. Até o fim do mês, o valor deve chegar a R$ 2 bilhões . ![]() (Imagem: UOL) Despesas sobem mais do que a arrecadação Se, de um lado, o governo tenta entusiasmar o Congresso, do outro lado com uma conta crescente. As despesas federais avançaram R$ 344 bilhões desde o início do mandato de Lula , ritmo quase 2x maior do que o crescimento da arrecadação ( +R$ 191 bilhões ). O desequilíbrio acendeu o alerta: o governo pode fechar 2025 com um déficit de 0,77% do PIB , o que pressionou a dívida pública — que deve crescer 12 pontos percentuais até 2027. Até por isso o Ministério da Fazenda propôs elevar o IOF , medida que sofre revogação do Congresso e deve ser barrada pelos parlamentares . Ainda assim, Lula afirma que o governo “ não pode ceder toda hora” e que a proposta “ não é nada demais ” . |
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