Carregando notícias...

Graves Irregularidades em Abrigos de Campos Mobilizam o Ministério Público e Resultam em Interdição Judicial



O município de Campos dos Goytacazes não é centro de uma grave denúncia que escandaliza a fragilidade na rede de acolhimento institucional da cidade. Após as fiscalizações realizadas, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciou com uma ação civil pública contra diversos abrigos que acolhem crianças, adolescentes e idosos, alegando condições extremamente precárias e risco iminente à integridade dos abrigados.

O que foi encontrado nas inspeções

As visitas realizadas pelo MPRJ revelaram um cenário alarmante. Muitos abrigos estavam em total desconformidade com as normas comuns para o funcionamento. Entre as irregularidades mais graves estão:

  • Falta de itens básicos como materiais de higiene, roupas, alimentos adequados e estrutura sanitária mínima;

  • Deficiência grave de profissionais para o cuidado dos acolhidos, o que compromete diretamente a segurança e a atenção aos mais vulneráveis;

  • Superlotação em diversas unidades , ultrapassando o número máximo de pessoas permitidas, com riscos à saúde física e emocional dos internos;

  • Ausência de documentação legal obrigatória , como alvará sanitário, autorização do Corpo de Bombeiros e registros junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;

  • Violação da privacidade dos abrigados, especialmente em banheiros coletivos sem divisórias e sem individualização de pertences.

Justiça idade e determinação interdição imediata

Diante das provas apresentadas, a Justiça acatou o pedido do Ministério Público e determinou a interdição provisória dos abrigos que apresentassem maior risco, suspendendo a coleta de novos acolhidos. A medida inclui ainda a realocação imediata dos internos para locais seguros ou sua reinserção em ambiente familiar, sempre que possível.

Além disso, foi estabelecido diariamente em caso de descumprimento e apontado a responsabilidade direta da Prefeitura de Campos dos Goytacazes , que teria sido omissa na fiscalização e manutenção dessas instituições.

Base legal e dever do poder público

A atuação do MPRJ está amparada em diversas normas legais, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) , o Estatuto do Idoso , e a Resolução RDC 502/2021 da Anvisa , que determinam padrões mínimos para o funcionamento de instituições de acolhimento, com foco na dignidade, segurança e qualidade de vida dos abrigados.

Essa ação representa mais do que uma medida emergencial: é um alerta contundente sobre a necessidade de responsabilidade e fiscalização constante por parte dos órgãos públicos para garantir que os direitos de crianças, adolescentes e idosos em situação de vulnerabilidade sejam realmente respeitados.

A população de Campos e do Brasil assiste agora aos desdobramentos desse caso que podem marcar uma mudança necessária no sistema de acolhimento institucional do município.

Postagem Anterior Próxima Postagem

نموذج الاتصال