As articulações para a eleição ao governo do Rio de Janeiro em 2026 já estão avançadas, com alguns nomes se destacando nas pesquisas e nos bastidores políticos. A seguir, os principais possíveis candidatos, de acordo com levantamentos recentes e análises políticas:
Eduardo Paes (PSD)
O atual prefeito do Rio de Janeiro é o franco favorito nas pesquisas de intenção de voto, liderando com ampla vantagem sobre os demais concorrentes em todos os cenários testados.
É visto como o nome mais forte do campo lulista, embora até o momento negue oficialmente a candidatura.
Nos cenários estimulados, Paes chega a ter mais de 57% das intenções de voto, o que o colocaria em posição de vencer no primeiro turno.
Rodrigo Bacellar (União Brasil)
Presidente da Assembleia Legislativa do RJ, foi consolidado como pré-candidato da direita à sucessão do governador Cláudio Castro, contando com apoio antecipado do atual governador.
Enfrenta resistências internas, especialmente no PL e no MDB, partidos importantes na base do governo estadual.
Nas pesquisas, aparece em segundo lugar, com cerca de 8% a 10% das intenções de voto, dependendo do cenário.
Tarcísio Motta (PSOL)
Deputado federal, nome tradicional da esquerda fluminense, aparece como opção consolidada do PSOL.
Tem entre 8% e 9% das intenções de voto nos projetos testados.
Thiago Pampolha (MDB)
O atual vice-governador, é cotado para a disputa e pode assumir o caso do governo Cláudio Castro deixar uma carga para concorrer ao Senado ou à Câmara.
Tem se aproximado de Bacellar, e ambos buscam consenso para evitar divisão no campo governamental.
Nas pesquisas, aparecem com percentuais baixos, em torno de 0,2% a 3,6%, mas podem ganhar força se assumir o governo antes da eleição.
Outros nomes citados em pesquisas e articulações.
Ítalo Marsili (sem partido): Influenciador de direita, aparece com cerca de 1% das intenções de voto.
Rodolfo Landim (ex-presidente do Flamengo, sem partido): Chegou a ser incluído em cenários de pesquisa, com cerca de 8% das intenções de voto.
Marcelo Freixo (PSB): Nome lembrado na pesquisa espontânea, mas sem movimento público para candidatura até o momento.
Washington Reis (MDB): Presidente estadual do MDB e ex-prefeito de Duque de Caxias, é apoiado pelos setores evangélicos, mas está inelegível atualmente e tenta reverter a situação no STF.
Considerações Políticas
Cláudio Castro (PL), atual governador, está no segundo mandato e não pode se reeleger. A tendência é que se dispute uma vaga no Senado ou na Câmara Federal.
O campo bolsonarista ainda não define um nome forte para a disputa, o que pode influenciar alianças e as declarações de candidaturas.
O apoio do Centrão e a formação de alianças entre partidos de base do governo estadual serão decisivos para a definição do candidato governamental.
Os nomes mais cotados para a disputa pelo governo do Rio de Janeiro em 2026 são Eduardo Paes (PSD), Rodrigo Bacellar (União Brasil), Tarcísio Motta (PSOL), Thiago Pampolha (MDB), Ítalo Marsili (sem partido), Rodolfo Landim (sem partido) e, em menor grau, Marcelo Freixo (PSB) e Washington Reis (MDB), estes últimos dependendo de sua situação jurídica. Paes, no momento, é o favorito absoluto nas pesquisas.
Análise Prospectiva e Projeções Políticas para a Eleição do Governo do Rio de Janeiro em 2026
Cenário Atual das Pesquisas
Eduardo Paes (PSD) liderou com ampla vantagem todos os cenários de intenção de voto, chegando a 57% na pesquisa estimulada do Paraná Pesquisas, com mais de 40 pontos percentuais à frente dos principais adversários.
Rodrigo Bacellar (União Brasil), apoiado pelo grupo de Cláudio Castro e pelo PL, aparece como nome principal da direita, mas ainda distante de Paes, com índices entre 2% e 10% dependendo do cenário e do instituto.
Tarcísio Motta (PSOL) mantém presença consolidada na esquerda, mas sem força para polarizar a disputa, oscilando entre 0,4% e 8,7%.
Outros nomes, como Thiago Pampolha (MDB), Ítalo Marsili e Rodolfo Landim, figuraram nas pesquisas, mas sem atração significativa até o momento.
Dinâmica das Forças Políticas
Campo lulista: Paes, mesmo negando oficialmente, é o nome preferido do entorno de Lula e do PT para o governo estadual, sendo visto como único capaz de enfrentar e derrotar o campo bolsonarista no Rio.
Campo bolsonarista/direita: O grupo de Cláudio Castro e do PL ainda não consolidou um nome competitivo. Flávio Bolsonaro, segundo colocado em alguns cenários, tende a disputar o Senado, não o governo. A aposta da direita é em Bacellar, que pode assumir o governo caso Castro deixe a carga para concorrer ao Congresso, utilizando a máquina estadual a seu favor.
Centro fisiológico/centrão: MDB, União Brasil e outros partidos buscam espaço em ambos os campos, negociando apoio em troca de cargas e recursos. A lógica das emendas parlamentares e o peso dos prefeitos reeleitos em 2024 serão fundamentais para a construção das alianças.
Tendências e Projeções
Favoritismo de Paes: Se mantiver a intenção de voto e conseguir consolidar alianças (inclusive com setores evangélicos e do centro), Paes pode vencer no primeiro turno. Seu maior desafio será manter a união de sua base e evitar o surgimento de um nome competitivo de direita que unifique o campo adversário.
Direita fragmentada: O campo bolsonarista/direita sofre com falta de um nome natural, o que enfraquece as chances de polarização. Bacellar pode ganhar força se assumir o governo, mas enfrentar resistência interna e baixa popularidade inicial.
Impacto das emendas e prefeitos: O novo arranjo político pós-eleições municipais de 2024, com prefeitos reeleitos e fortalecimento das bancadas estaduais, deve influenciar as alianças e o acesso a recursos, tornando as negociações ainda mais pragmáticas e menos ideológicas.
Rejeição ao sucessor de Castro: Mais da metade dos participantes não deseja que Cláudio Castro eleja um sucessor, o que dificulta a transferência de votos para Bacellar ou Pampolha.
Riscos e Variáveis
Candidatura de Paes: Apesar do favoritismo, Paes ainda não oficializou a candidatura e pode optar por permanecer na prefeitura, o que mudaria radicalmente o cenário.
Unificação da direita: Caso a direita consiga se unir em torno de Bacellar ou outro nome de maior apelo popular, pode haver um segundo turno competitivo, especialmente se houver desgaste do campo lulista ou de Paes.
Crescimento de outsiders: O ambiente de insatisfação pode abrir espaço para outsiders ou nomes de fora da política tradicional, como Landim ou Marsili, mas até agora esses nomes não decolaram nas pesquisas.
O cenário de 2026 no Rio de Janeiro aponta para um favoritismo inédito de Eduardo Paes, sustentado pela fragmentação da direita e pela eliminação ao sucessor do atual governador. A disputa tende a ser definida entre a força do campo lulista em torno de Paes e a capacidade do bolsonarismo de construir uma alternativa competitiva. O peso das alianças municipais, as emendas parlamentares e os acordos de bastidores serão determinantes para o desenvolvimento eleitoral.
Rodrigo Bacellar teria boa votação em Campos dos Goytacazes para governador em 2026?
Contexto e Relevância de Campos dos Goytacazes
Campos dos Goytacazes é o maior colégio eleitoral do interior do Rio de Janeiro e exerce historicamente forte influência sobre a política estadual, sendo berço de lideranças como Anthony Garotinho, ex-governador, e agora de Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj e pré-candidato ao governo. A cidade representa cerca de 3% do eleitorado fluminense, o que se torna estratégico para qualquer candidato ao Palácio Guanabara.
Força de Bacellar no Reduto
Base eleitoral sólida: Bacellar tem sua origem política e familiar em Campos, o que lhe garante uma base de apoio natural e visibilidade local.
Ações recentes: Como governador interino, Bacellar escolheu Campos para inaugurar obras e lançar projetos, evidenciando a importância que atribui ao município e buscando fortalecer sua imagem junto ao eleitorado local.
Apoio político regional: Sua ascensão é vista como um ressurgimento do protagonismo de Campos na política estadual, com a cidade voltando a ser peça-chave nas articulações para 2026.
Desafios e Rivalidades
Disputa com o grupo Garotinho: Apesar de sua força, Bacellar venceu uma concorrência direta do prefeito Wladimir Garotinho, filho dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho, que também exerce grande influência no município. Wladimir, inclusive, tem aumentado o tom das críticas a Bacellar e pode trabalhar para minar seu desempenho local.
Fragmentação de lideranças: O eleitorado de Campos é disputado por diferentes grupos políticos, e o apoio do prefeito local pode ser determinante para a transferência de votos – ou dificultar o desempenho de Bacellar, caso haja oposição aberta.
Projeção Eleitoral
Tendência de votação expressiva: Dada sua ligação direta com a cidade, sua atuação como governador interino e a tradição de Campos em apoiar candidatos locais, é provável que Bacellar tenha uma votação expressiva no município, podendo liderar com folga sobre adversários que não tenham raízes ou apoio local direto.
Limites dessa força: Contudo, a força de Bacellar pode ser parcialmente limitada pela atuação do prefeito Wladimir Garotinho e pela divisão do eleitorado entre os grupos tradicionais da cidade. Episódios recentes mostram que, mesmo com aliados minimizando o impacto do prefeito, sua influência não pode ser subestimada.
Rodrigo Bacellar tende a ter uma votação muito forte em Campos dos Goytacazes nas eleições de 2026, devido à sua origem, política de base e ações recentes na cidade. No entanto, a disputa com o clã Garotinho e a influência do prefeito local podem limitar seu domínio absoluto, tornando Campos um campo de batalha fundamental e imprevisível na disputa pelo governo do estado.
Possíveis articulações e chances reais de Wladimir Garotinho para governador do Rio em 2026
Articulações políticas de Wladimir Garotinho
Apoio de Eduardo Paes (PSD): O prefeito do Rio tem buscado uma aliança estratégica com Wladimir para fortalecer seu projeto eleitoral no interior do estado, especialmente em Campos dos Goytacazes, maior cidade do interior fluminense. Paes chegou a convidar Wladimir para ser seu candidato a vice-governador em 2026, mudando sua base no interior e neutralizando adversários locais, como Rodrigo Bacellar.
Relacionamento com o MDB: Washington Reis, presidente estadual do MDB, já convidou Wladimir para ingressar no partido e disputar o governo pelo MDB, inclusive cogitando uma chapa com Wladimir como candidato a governador e Washington como vice. Há também especulações sobre Wladimir ser candidato ao Senado ou deputado federal, dependendo do arranjo político.
Trégua com Rodrigo Bacellar: Apesar da rivalidade histórica entre as famílias Garotinho e Bacellar em Campos, Wladimir e Rodrigo têm mantido uma trégua recente, o que pode facilitar negociações e alianças regionais, embora a disputa pelo controle político da cidade continue sendo um fator relevante.
Cautela na definição de candidatura: Wladimir tem adotado postura cautelosa, evitando se comprometer oficialmente com qualquer candidatura ao governo ou vice-governador neste momento, preferindo adiar decisões para o futuro próximo.
Chances reais de Wladimir Garotinho
Vantagens:
Forte base eleitoral em Campos dos Goytacazes, onde foi reeleito prefeito com votação histórica.
Apoio potencial de Eduardo Paes e do PSD, que busca consolidar alianças no interior.
Possibilidade de ingresso no MDB, partido com estrutura e capilaridade estadual, o que ampliaria seu alcance.
Reconhecimento do nome Garotinho, que ainda tem peso político no estado, especialmente no Norte Fluminense.
Desafios:
Histórico de rivalidade com Rodrigo Bacellar, que também é forte candidato da direita e tem apoio do atual governador Cláudio Castro.
Necessidade de ampliar apoios além do núcleo regional para ter competitividade estadual.
A cautela e a indefinição sobre a candidatura podem enfraquecer seu capital político diante de adversários já posicionados.
O cenário atual mostra Eduardo Paes como franco favorito, o que limita as chances de Wladimir se lançar como candidato único da base governista.
Cenários possíveis para Wladimir Garotinho em 2026
Cenário Descrição Probabilidade e Impacto
Vice de Eduardo Paes Aceita o convite para compor a chapa de Paes, fortalecendo a aliança no interior Alta probabilidade; contribuição apoio regional
Candidato ao governo pelo MDB Aceita convite de Washington Reis e disputa o governo com estrutura partidária do MDB Média; dependerá da capacidade de ampliar apoios
Candidato ao Senado ou deputado Opta por disputar cargo no Congresso, mantendo influência política sem enfrentar Paes diretamente Alta; opção mais segura e viável atualmente
Candidato independente ou fora das grandes alianças Lança candidatura própria, mas com dificuldades para viabilizar ampla base eleitoral Baixa; cenário menos provável e com menor chance
Wladimir Garotinho é um ator político relevante para a eleição de 2026 no Rio, com forte base em Campos e potencial para compor alianças importantes, especialmente com Eduardo Paes e o MDB. Contudo, sua candidatura ao governo enfrenta desafios importantes, como a liderança consolidada de Paes e a necessidade de ampliar apoios estaduais. A tendência é que ele opte por uma candidatura a vice-governador, senador ou deputado federal, mantendo influência política, enquanto estiver disponível o melhor momento para uma disputa majoritária.