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O cenário político de Campos dos Goytacazes voltou a ser sacudido nesta semana após declarações contundentes do ex-governador Anthony Garotinho contra seu próprio filho, o prefeito Wladimir Garotinho (PP). Em entrevista divulgada nas redes sociais, Garotinho criticou abertamente a condução política do filho e afirmou que ele “não está seguindo o legado da família”.
O desabafo público reacendeu um conflito familiar que já dura anos, mas que recentemente ganhou novos contornos após a eleição antecipada da presidência da Câmara Municipal. A vitória do vereador Marquinho Bacellar, ligada à oposição, foi interpretada pelos analistas como um sinal de enfraquecimento da base aliada do prefeito dentro do Legislativo — e teria sido o estopim para novas críticas do pai ao filho.
"Ele precisa ouvir mais, confiar menos em bajuladores e lembrar quem ajudou a colocá-lo onde está", atirou Garotinho, visivelmente irritado. Em tom de alerta, completou: "Não queira me enterrar vivo, porque eu ainda tenho voz".
A fala provocou reações imediatas nos bastidores políticos de Campos, onde a influência de Anthony Garotinho ainda é específica, especialmente entre setores mais conservadores e grupos que mantêm fidelidade ao antigo grupo político da família. Já os aliados de Wladimir consideraram as declarações “inoportunas” e reforçaram que o prefeito tem buscado uma gestão independente, voltada para resultados administrativos e menos para políticas de heranças.
O rompimento político entre pai e filho já é notório desde os primeiros anos do mandato de Wladimir, mas o episódio atual reaquece o debate sobre a divisão interna do clã Garotinho, que por décadas comandou a política campista com forte presença eleitoral.
Com a proximidade das eleições municipais de 2026, o debate público entre as principais figuras da família Garotinho pode influenciar diretamente os rumores do processo político local, especialmente se houver novos alinhamentos ou até candidaturas rivais vindas do próprio grupo familiar.
