Alasca, 16 de agosto de 2025 — O aguardado encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, realizado nesta sexta-feira (15) no Alasca, foi apresentado como um possível divisor de águas para o conflito entre Rússia e Ucrânia. No entanto, a reunião, que durou quase três horas, terminou sem anúncio de um cessar-fogo ou de um consenso em torno dos principais pontos da pauta.
Embora o encontro tenha sido classificado como “fundamental” para abrir caminho ao diálogo, as expectativas de avanços concretos não se confirmaram. A ausência de um acordo imediato deixou aliados ocidentais em alerta e analistas internacionais em dúvida sobre os rumos das negociações.
Na manhã deste sábado (16), Trump manteve ligações com líderes europeus e também com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Segundo comunicado oficial, Zelensky acertou um novo encontro com o republicano em Washington, marcado para segunda-feira (18).
Em publicação nas redes sociais, Trump afirmou que a melhor saída para o conflito não passa por um cessar-fogo temporário, mas por um acordo de paz definitivo. “Um cessar-fogo muitas vezes não se sustenta. A verdadeira solução é ir diretamente para a paz”, escreveu.
Até o momento, Moscou não comentou oficialmente sobre os resultados da reunião. A ausência de um comunicado conjunto reforçou a percepção de que o diálogo, embora simbólico, ainda está distante de um desfecho prático para encerrar a guerra que já ultrapassa dois anos.
Analistas avaliam que, apesar da falta de resultados imediatos, a retomada do contato direto entre os líderes das duas maiores potências nucleares pode abrir brechas para negociações futuras. Entretanto, a resistência da Rússia em aceitar concessões e a exigência da Ucrânia por garantias de soberania continuam sendo os principais impasses.
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