Na maior operação já registrada com bombardeiros B-2 Spirit, os Estados Unidos colocaram na prática a missão secreta conhecida como “Midnight Hammer”, vinda diretamente contra as instalações nucleares subterrâneas do Irã.
Sete aeronaves B-2 Spirit, os aviões de guerra mais avançados do mundo, decolaram do território continental americano em uma jornada de 18 horas até o espaço aéreo iraniano. Cada uma dessas agências, avaliadas em 2,1 bilhões de dólares, com alcance de 11 mil quilômetros sem reabastecimento, levou duas bombas GBU-57, totalizando 14 unidades lançadas simultaneamente sobre os complexos de Fordow, Natanz e Isfahan.
Essas não são bombas comuns. A GBU-57, também chamada de Massive Ordnance Penetrator, é uma arma antibunker com 13,6 toneladas, mais de seis metros de comprimento e capacidade de penetrar até 60 metros de concreto ou rocha sólida antes de detonar. Cada uma carrega 2,7 toneladas de explosivos, desenvolvidas para destruir bunkers localizados em profundezas extremas, como o de Fordow, construído a cerca de 100 metros abaixo da superfície.
Para garantir o sucesso da missão, os submarinos norte-americanos dispararam missões de cruzeiro contra sistemas de defesa aérea iranianos, saturando suas capacidades de resposta. Enquanto isso, os B-2, invisíveis aos radares graças à tecnologia furtiva de última geração, mantiveram voo a 12 mil metros de altitude e realizaram o ataque com precisão cirúrgica.
Ao final da operação, todas as aeronaves retornaram sem baixas. Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, anunciou que o objetivo foi cumprido com sucesso. Já o Irã confirmou apenas danos parciais e negou a destruição completa das instalações. A Agência Internacional de Energia Atômica informou que não foram registrados vazamentos radioativos nas horas seguintes ao bombardeio.
Ao todo, 125 aeronaves e múltiplas tecnologias de apoio foram mobilizadas. Apesar da alegação oficial de que o ataque destruiu a capacidade nuclear do Irã, especialistas continuam debatendo se a profundidade e a proteção de Fordow foram, de fato, superadas pelas bombas lançadas.
A GBU-57, arma convencional mais poderosa do arsenal americano contra alvos específicos, pode não ser nuclear, mas é estratégica. Ela só pode ser transportada pelos bombardeiros B-2, e cada lançamento exige precisão absoluta. Com apenas cerca de 20 unidades produzidas, seu uso é reservado para cenários críticos — como este.
A “Midnight Hammer” representa mais do que uma ofensiva militar: é um recado direto dos Estados Unidos ao mundo. A mensagem é clara — mesmo os bunkers mais profundos não estão fora do alcance.
O bombardeiro B-2 Spirit é um símbolo absoluto do poder aéreo dos Estados Unidos. Invisível aos radares, capaz de cruzar continentes sem ser detectado, e armado para destruir alvos com precisão cirúrgica, o B-2 representa a essência da guerra moderna: tecnologia, alcance global e poder devastador.
Desenvolvido durante a Guerra Fria sob sigilo absoluto, o projeto teve início no final da década de 1970, como resposta à necessidade de superar as defesas aéreas soviéticas. Seu primeiro voo foi realizado em 1989, e ele entrou oficialmente em serviço ativo em 1997. Apenas 21 unidades foram construídas — um número pequeno, mas suficiente para causar impacto estratégico global.
Cada B-2 Spirit custa aproximadamente 2,1 bilhões de dólares. Com 52 metros de envergadura, esse bombardeiro tem um design de asa voadora, totalmente otimizado para a tecnologia stealth, que o torna praticamente invisível aos radares inimigos. Sua estrutura absorve sinais eletromagnéticos e reflete mínima assinatura térmica, permitindo que entre em território hostil sem ser detectado.
Mas o que realmente impressiona é sua capacidade operacional. O B-2 pode voar mais de 11 mil quilômetros sem reabastecimento e, com apoio aéreo, esse alcance pode ultrapassar 18 mil quilômetros. Ele pode partir dos Estados Unidos e atingir qualquer ponto do planeta, lançar sua carga e retornar — tudo em uma única missão.
Sua velocidade de cruzeiro é de cerca de 1.010 km/h, quase a velocidade do som. Mas não é pela velocidade que ele se destaca, e sim pela capacidade de penetração em espaço aéreo inimigo com descrição total.
O B-2 pode transportar até 18 toneladas de armamentos. Isso inclui bombas convencionais, missões de precisão e, se necessário, armamento nuclear. É o único bombardeiro furtivo capaz de lançar bombas nucleares guiadas com precisão no mundo. Nas operações recentes, como no Afeganistão, na Líbia, no Iraque e, mais recentemente, na missão “Martelo da Meia-Noite” contra instalações nucleares do Irã, o B-2 demonstrou sua eficácia real em combates modernos.
Internamente, a cabine é cegada e conta com um sofisticado sistema de controle de voo digital fly-by-wire, navegação por satélite, radar de abertura sintética e computadores que monitoram em tempo real todas as funções da aeronave. Tudo é feito para que o piloto e o co-piloto operem com precisão, mesmo em missões longas de mais de 30 horas.
Hoje, o B-2 Spirit está desligado na base aérea de Whiteman, no Missouri. Cada missão é cuidadosamente planejada, pois seu uso não é comum. Ele é uma arma estratégica, reservada para quando nenhuma outra aeronave for capaz de cumprir o objetivo. Seja em operações de dissuasão, seja em ataques de alto risco, o B-2 não apenas atravessa os céus — ele redefine as regras do campo de batalha.
Com o avanço da tecnologia militar, o B-2 será, em breve, substituído pelo B-21 Raider. Mas, por enquanto, o Espírito continua sendo o fantasma mais temido dos céus.